Durante um daqueles telefonemas em que mesmo sem querer te tocam nas feridas. Talvez pela sensibilidade do dia ou mesmo quem sabe pelo simples facto de estar a envelhecer, provei-as.
Depois disso não me lembrava de ter voltado a acontecer.
Até hoje.
Voltei a prova-las e estavam algo diferentes.
Mais salgadas... Estavam guardadas já há muito. Como que em fase de congelamento...
Eram pesadas... Carregadas de tanto. De tudo. E nada.
Ferviam agora. Cara abaixo. Em silêncio.
Vinham do vazio, caiam no vazio, pelo vazio.
Seguiram-se umas doses delas...
...
Seguiram-se umas doses delas...
...
1 comentário:
nunca são em vão
quando saboreadas
no silêncio único
do único lugar
vago
que lhes é permitido
vem mais uma dose?!
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