sexta-feira, outubro 28, 2011

Mudam-se os tempos...

Mas não se mudam vontades.
Não se tem vontades.
Não se criam vontades.
Criam-se "desvontades".
Criam-se novos pecados, novos vícios.
Mantém-se os defeitos, os preconceitos e conceitos destrutivos.
Mantém-se a indiferença. O vazio.
Mantém-se o incerto, pelo certo.
Mantém-se a zona de conforto desconfortavelmente segura.

Mudam-se o tempos, mas porém, nada muda.
Ninguém muda.


Fala a frustração, sim, porque é humano esse sentimento, de quem conta 365 dias e encontra nos mesmos rostos, as mesmas expressões e marcas de tempo, de quem não se deixa afectar pelo tempo, nem pela mudança. Encontra nos mesmos rostos, as mesmas indiferenças, de quem não se importa, nunca se importou, nunca se vai importar com nada que não o próprio ar nos próprios pulmões.