quarta-feira, novembro 27, 2013

Como quando era pequenina...

Partilhávamos uma manta no sofá, quando os seus olhos cor de avelã me fitaram e perguntaram: "Lily, ainda gostas de mim como quando eu era pequenina e pegavas em mim ao colo?"
Puxei-a para mim, sentei-a no meu colo e colei os meus olhos nos seus.
"Não só gosto de ti como quando eras pequenina, mas gosto muito mais. Tal como tu cresces todos os dias, também o meu amor por ti cresce. É incondicional.
Vais ser velhinha, e eu também, e eu ainda vou gostar de ti, não só como quando pegava em ti ao colo, mas muito mais... Ainda pego em ti ao colo querida, mas quando já não conseguir fazê-lo, vou carregar-te sempre no coração, sim?"
Ela encostou a cabeça no meu ombro e assentiu.
"Sabes, também gosto de ti, desde que era pequenina, agora já sou grande, ainda vou ser mais, mas vou sempre gostar."

segunda-feira, novembro 25, 2013

Outros tempos

Acordei com uma ressaca de nostalgia, e tudo o que sinto são dores de saudades em mim. Pouco me lembro do que aconteceu, à excepção de todas as memórias cravadas na pele, todos os sorrisos sublinhados nos lábios e todas as felicidades tatuadas no coração.
Passou tanto tempo, o relógio deu tantas voltas, a hora já mudou duas vezes, o que significa que voltamos ao mesmo... Tempo.
E assim me sinto, parada no tempo. No que foi meu... E nem todo o tempo do mundo é suficiente para apagar esse tempo, para o esquecer... 
Falta-me o tempo e a vontade de viver noutros tempos... Pois tudo o que trago em mim são saudades, de ter saudades de uma outra coisa, como tenho desse tempo... Saudades.