quinta-feira, novembro 15, 2012

...Reticências...

Esperas ansiosamente por aquele momento, toda a tua vida...
Quando finalmente tudo se conjuga, todos os astros se alinham, e o momento chega, todos os pontos de interrogação se levantam...

quarta-feira, agosto 15, 2012

Dias... A fio.

Tem dias em que os dias tem demasiadas horas, que se prolongam por meses.... Parece que vivo o mesmo dia desde que voltei a entrar por aquela porta.
Desgasta-me. As horas e os dias e meses que não passam. A amarga espera, ácida, que me vai corroendo. 
Mas mantenho-me firme, porque nenhum dia dura para sempre e estes também não irão durar. 
No final, vou bater as portas atrás de mim... Comigo, só levarei o meu sorriso... Porque na aurora dos novos que virão, reencontrar-me-ei... Já que no entretanto, me perdi. Já não pertenço aqui, a estas pessoas, a estes chãos... 
...Agarro-me ao fio de sanidade que resta.... 

Nesta espera por ti, querido Novembro. 

segunda-feira, abril 23, 2012

Ame uma, leve quatro...

"Ou cinco, ou seis, ou sete. Ela não é uma, é várias. A diplomata, a incapaz de tomar decisões, a que quer fazer sempre tudo bem e a incapaz de lidar com o facto de alguém não gostar dela, a que confia em toda a gente mas sempre a desconfiar. Deixa sempre um pé atrás, está sempre a pensar nisso. Mas porque raio haverá alguém de não gostar dela? É incompreensível. Faz-lhe impressão. Magoa-lhe o coração.

Tem a sua gente, a gente de quem ela gosta, a gente que gosta dela, a gente que ela gosta sem conhecer, e a gente que ela gostaria que gostasse só mais um bocadinho dela. Existem aqueles que gostam dela sem ela saber. E existem aqueles que se esquecem que ela existe.

Também há gente que a vida levou para longe, mas quando no limite dos limites, ela lhes confessa “não sei se me safo desta”, a abraçam e dizem “Então não te safas?! Safas, sabes porquê? Porque estamos aqui.”

E depois há aquela gente que ela convidou para entrar na vida dela, ou então que se fizeram convidados, e ela como sempre deixou, a diplomata, a que quer que se goste sempre dela, a que se afeiçoa às pessoas…e depois a esquecem de um dia para o outro. Elas dizem “até amanhã”, mas ela no coração ouviu “até nunca mais”. E assim foi. É para seguir em frente. Atravessar outras pontes. Voltar aos objetivos anteriores. Reorganizar prioridades. Está sempre a pensar nisso.

Mas também há aqueles que lhe dizem “Estava capaz de nadar o Atlântico para estar contigo”. Ela acredita. Como poderia ela não acreditar? Um pé no Atlântico, mas o outro cá atrás…em terra. Onde é seguro. Onde não há icebergs que o radar não detecta.

Em terra há sempre um colo, daqueles que estão lá sempre. Não lhes interessa se ela é teimosa como uma burra, se se deixa iludir, se está sempre no mundo da lua, se se queixa em demasia. Há gente que gosta dela só porque sim. É uma sortuda e ela sabe."

[MC]


Pedaços de um pedaço de mim... Pedaços daquela que nos entra no coração ao primeiro Olá e sabemos que irá ficar para a vida. Daquela que nos  dá a  sua amizade de forma gratuita, e todos os dias tem um pedacinho diferente. Daquela que tem um sorriso no rosto como forma habitual de expressão. Daquela cujo coração é maior que o corpo, e o seu brilho...  O seu brilho é Luz na minha vida. Em muitas vidas. 

segunda-feira, janeiro 30, 2012

A virar a página, para trás...

Custa-me, confesso que custa, andar para trás com os olhos postos na frente. Mas a vida é isto. Por vezes trata-se de voltar atrás, fazer de novo, fazer contra a nossa vontade... E é aqui, que eu espero - Juro que espero com toda a esperança da minha alma - que tudo tenha o seu motivo de ser, e que o facto de ser assim, me vá trazer um futuro próximo um pouco mais doce.
Custa-me virar uma página para trás, voltar ao capítulo que eu já tinha dado como encerrado e ter de escrever mais umas linhas. E não, não foi assim tão mau. 
Pelo contrário. Continha personagens que gostei muito. Cenários igualmente adorados. Tinha dias de Sol e uns tantos de Outono, com chuvas ligeiras.
Mas o que custa, é saber que por mais linhas que escreva, o final irá ser o mesmo. Porque não é como uma novela, não temos dois finais alternativos. O guião está traçado, não tenho escolha. Sei de antemão o final. 
A minha esperança prende-se então que as linhas que irei acrescentar durante os próximos meses da minha vida, me irão permitir escrever um próximo capítulo melhor no futuro.

A vida também é isto, é aceitar quando não podemos querer... Porque um dia, a vida muda, e quando muda, é para melhor. Sempre, para melhor.  

domingo, janeiro 08, 2012

"One Day"

Quantas vezes usamos a expressão "Um Dia..." 
"Um dia" vou fazer aquilo... Vou ali... Vou ler... Vou visitar... Vou...
Quem sabe, "Um dia" que poderá nunca chegar. 

"One Day" é o título do filme que me fez escrever este post. É mais do que isso. Fez-me ver passar em rodapé todos os meus receios aliados à fatalidade, à fragilidade da vida. 
Descreve tão bem como somos capazes de esconder os nossos sentimentos, de os ignorar - não sabendo o quão ignorantes somos em fazê-lo - de pensar que ainda não chegou a altura certa... 
Descreve como nos camuflamos, como aceitamos o caminho simples, sem reivindicar. 
Como não fazemos o que gostamos só porque pensamos não ser bons o suficiente. 
E, quando "Um dia" acordamos, e ganhamos essa coragem... E finalmente pensamos que só vale a pena viver lutando e vivendo pelo que acreditamos, tudo se desmorona, como um castelo de areia que qualquer maré derruba. 
É tarde. "Um Dia" é demasiado tarde. 
Todo o caminho que fazemos até esse "Dia" é em vão, se não for da forma que nós gostávamos que fosse, com quem nós gostávamos que fosse, a fazermos, o que nós gostávamos que fosse. 

"Um dia", "they all will be gone"... Uns primeiro, outros depois. 
E com certeza, muitas almas nos farão falta. Muitos remorsos ficarão por termos esperado demasiado por "Um dia" que nunca chegará... 
Muitos "Porquês". Muitos "E se"... 
E se... Esse dia, for já hoje? 
"Present is all you got, make the most of it". 
Amanhã poderá ser tarde... 

quinta-feira, janeiro 05, 2012

2011

2011 foi pintado numa tela que balançou entre brisas e tempestades tropicais, que teve preto e branco e até arco-íris. Teve Sol e teve Lua, teve muitos dias e algumas noites. Teve Norte, teve Sul. Teve muitas idas, muitas voltas, teve alguns sem regresso.
Teve muitos até breve, até logo, e até nunca mais.
Teve alguns momentos, alguns perenes, outros, escassos.
Teve lágrimas, muitas, doces e salgadas.
Teve sorrisos. Vai ter sempre.
Teve pessoas, más e boas.
Teve essencialmente, essência. Teve Sentimentos. Ainda tem.
Teve-me a mim, vai ter sempre.
E não, Sempre não é demasiado tempo.


Contudo, sê bem-vindo, 2012...