terça-feira, junho 18, 2013

Pequerrucha

Podia escolher mil palavras para a definir, mas a Pequerrucha é "inmessionante".
Não preciso de "florear" as minhas palavras, ela olharia para mim de lado se o fizesse, não gosta dessas coisas, nem na roupa. 
No que diz respeito a plantas, é outra história.
Para falar dela, é preciso ser simples, não sabe ela ser de outro jeito. É pragmática, racional e objectiva. 
Fala com as letras todas, e mesmo sem falar alto, ela sempre se faz ouvir. 
E as suas gargalhas? São sempre envolvidas em doçura. Uma doçura ainda inocente, apesar da sua maturidade.
Tem brilho inato, que se faz notar, sem se esforçar para isso.
Tem toda a humildade, apesar do seu orgulho. 
É rebelde... Traquina e contagiante na sua alegria.
Das almas mais inteligentes que conheço, e tem o mundo na palma da mão quando fala nas coisas em que acredita.
Faz-me acreditar também.
Por vezes acorda-me, lembra-me de quem eu sou... Inverte os papéis. 
Ela nao é so a "Pequena" que olha para mim, ela olha por mim todos os dias...
Ela é enorme e em nada tem que ver com a sua altura.
Tem uma caixinha no peito. 
Não poderia falar do seu coração sem falar na sua caixa...
Uma caixa orgulhosamente forte, orgulhosamente dura... Quase inquebrável.
Raramente sabe das chaves dela, mas quando faz as honras da caixa, é a melhor anfitriã. 
Tem todo um mundo de carinho que brota de si, que se transmite em sorrisos, olhares e silêncios.
Não é dada a palavras com açúcar nem a afectos, mas os seus gestos falam por si...
A partilha dos sorrisos, dos sonhos, do pão e da água e até mesmo das gotas salgadas, falam por nós, mas hoje não queria deixar de dizer o quanto gosto de ti.

E agora já disse.


Com carinho,

Lilly.      



...Abre-lhe o teu coração, e o dela será teu por toda a vida...


domingo, junho 16, 2013

Bom dia

Por vezes custa-nos abrir os olhos, mas depois de o fazer, é como acordar pela manhã...
Todos estamos preparados para viver na Luz, mas nunca ninguém disse que não custa correr os estores e que o primeiros raios de Sol não ferem a visão. Alguém disse?

Despertei, com algumas dores nos olhos, porque o que vejo queima-me a alma, mas nem por isso desviei o olhar, uma vez que fosse. Não uso óculos de Sol, nem nada que filtre a realidade, se tiver de ver, que seja até ficar cega...

Sou um ser de Luz, nasci para viver nela, e hoje faço questão de abrir as janelas da minha casa, dos meus olhos, da minha alma e da minha vida para ver o Sol brilhar. De novo. Com a esperança de quem acredita que vale a pena estar acordada entre o nascer e o pôr-do-sol, assistindo a tudo o que acontece.
Bom Dia.

sábado, junho 15, 2013

terça-feira, junho 11, 2013

Alturas?

Sempre gostei das alturas.
De sonhar alto.
De pensar em grande...
Nunca tive vertigens.

E como podem existir pessoas tão pequenas que não são nem da sua altura...?

É tudo uma questão de... Medidas.

Ou de épocas, com e sem alturas do ano.

Ou são apenas devaneios. Sem tamanho, sem medida. Apenas são.

domingo, junho 09, 2013

Home is...

Eu sabia que um dia ia embora.
Que um dia acordava e já não estavas aqui. Nem eu.
Que aqui não era mais a tua casa... Nem a minha.
Minha, talvez vá ser sempre...
Mas, não moras mais dentro de mim.
"Avisei-te."
Tal como me avisei a mim.
Quase te expulsei, tenho consciência, sim.
Foste embora e deixaste as tuas coisas. Memórias e frases soltas pelo chão.
Tropecei em ti em cada canto, em cada caco.
O teu perfume ainda vagueia pela casa mas fiz questão de abrir as janelas da minha alma.
Sacudi os tapetes, queimei os lençois e lavei-te dos meus cabelos.
Tirei de mim o peso que fazias nos meus ombros.
Tirei a maquilhagem que me camuflava o olhar. Uns olhos tristes podem ser tristes que ainda assim são bonitos, se o que houver neles for sincero.
Descalcei os saltos altos em que me punhas a alma. Sabes que hoje tenho os pés no chão e sou da mesma altura?
Rasguei as folhas dos livros de memórias. Os dos sonhos também; não quero nem reciclar.
Parti copos; não há nada mais a que possamos brindar.
Esfreguei até ao ultimo fôlego as tuas pégadas dos meus chãos.
Ou dos que costumavam ser meus...
Porque aquela não é mais a tua casa... Nem nossa. Nem tão pouco a minha.
Apenas a minha alma é minha, e o meu coração, um dia, apenas foi o teu albergue.

"Home is where your soul is."

quinta-feira, junho 06, 2013

Cheers

A vida deu-me uma garrafa. Enchi-lhe o copo e partilhamos.
Fizemos planos, rimos e brindamos.
Mesmo bêbeda, insisti em ser eu a conduzi-la, pois ninguém conhece melhor os meus caminhos, apesar das estradas serem dela, vida.

quarta-feira, junho 05, 2013

Dormente

Hoje vou adormecer pensando que o MM tinha razão.
A parte mais difícil não é fazer malas, não é bater portas, nem tão pouco ir embora...
A parte difícil?
É não olhar para trás.
É colar os olhos na frente...
Levantar o queixo...
É contrariar a tendência de olhar o vazio e recordar em flashes de memória o que costumava estar naquele lugar...
É esse vazio que mata, que dói e enlouquece...
Outras vezes, nem é o vazio...
São as sombras no vazio. As que ficam.
As que dançam pelas paredes, e correm na sombra.
Umas vezes uns passos à frente, outras, uns atrás, nas memórias.
Outras como se estivessem lado a lado com a saudade.
E elas chamam por nós.
Chamam pelo nome.
E amarram-nos pelo coração.
Consegues não olhar quando dizem o teu nome?
Consegues ficar indiferente?
E quando ouves o eco da tua própria voz quando o pronuncias o teu nome?...
Sabes o quanto custa fingir?...
Não ouvir...
Não reconhecer...
Fingir que nem sequer importa?...
Custa...
Custa tanto como as palavras que eu gostava de dizer e não posso...
O orgulho que eu gostava de engolir e não consigo...
As saudades que eu não queria sentir e cultivo.
O carinho que eu não queria brotar e continua a crescer.
O silêncio que eu queria quebrar e alimento...
Os juízos de valor que eu abomino e faço sem querer.
As memórias que eu queria apagar e sublinho.
O que eu procuro esquecer e só me encontro quando recordo...
O que eu queria abraçar e afasto...
O que eu queria dizer e escrevo...
O que eu queria escrever e afogo...
Os sonhos que eu queria sonhar...
E os que eu queria viver...
O que eu queria ouvir...
O que eu queria ver e quase cego...
O que eu queria mostrar e escondo...
O que eu queria dormir, e nunca consigo adormecer.
Porque não há melodias que não embalem sentimentos, que não despertem emoções, e que não sussurrem "boa noite" como quem chama por mim.