quinta-feira, abril 18, 2013

Falsos Diamantes.

É enquanto procuro o meu sono de olhos abertos na escuridão, que penso que gostava de me enganar mais com os falsos diamantes...
Gostava de me enganar a mim própria.
Mas eles sempre disseram que a perspicácia é a minha maior virtude. Tomara que não fosse.
Às vezes gostava de não ver tanto à frente.
Não estar tanto à frente.
Não conhecer tão bem almas que mal conheço.
Iludir-me mais.
Gostava de Esperar mais das pessoas.
Acreditar mais.
Mesmo que isso significasse sofrer. Mais.
Saber não é ausência de sofrimento. Porque não conseguimos evitar sofrer com a realidade crua. Que sabemos de antemão ser cruel mesmo.
Saber, por vezes, é não deixar que nasça, por saber que já tinha o dia da morte marcada.

domingo, abril 14, 2013

Shall We Dance?



Would you dance with me?
In the rain.
Until the morning rises.
Until we get tired.
Until we fall asleep. In the middle of the street. 
With the tears in the eyes.
With the mind full of dreams.
With the heart full of thoughts.
With our hands full of love.
With our bodys full of pleasure.
Could you?
Would you lie with me down here?
Right beside me...
Would you?....

domingo, abril 07, 2013

Letras

Não gosto de abrir mão do papel, das palavras, de folhear histórias...
Também eu tenho a minha.
Já vivi em contos de fadas. Tantas vezes a sonhar, tantas vezes acordada.
Já li livros de suspense... Já passei noites aterrada. Em folhas e ao vivo.
Mas sempre as narrei como elas foram... Como elas são.
Não sou escritora.
É mais do que juntar Letras e fazer palavras, formar frases, fazer estórias.
E a minha sou eu que a escrevo, que a dito, todos os dias.
A personagem principal sou Eu. Mas tantos"Eus" tenho Eu em mim.
Até que a minha Letra, por vezes, não  a reconheço.
Não sou mestre nem faço cerimónias...
Nunca gostei de rimas... Mas gosto de improvisos.
Nunca gostei de rascunhos... Nem de escrever a lápis.
Escrevo a caneta, preta, com tinta permanente, no meu Livro. Prefiro riscar, sujar com tinta as minhas mãos, do que arrancar páginas.
Já esqueci quantas páginas escrevi, quantas já virei... Mas orgulho-me de cada uma delas.
Um dia, sento-me e releio-me nelas, nas rugas das mãos e nas linhas dos sorrisos. E cada uma delas... Será minha, tanto quanto ontem, hoje, e amanhã... Palavra, que não retiro uma Letra. Especialmente a L, a minha.