sexta-feira, abril 10, 2015

Mortes lentas

Chegará o dia em que simplesmente já não sinto nada, já não existe nada.
Em que no teu lugar e das tuas palavras já não espero haver nada.
Chegará o dia em que já não preciso que o barulho dos dias e das pessoas me absorva a dor; em que o silêncio das noites já não me dilacerará por dentro.
Chegará a noite em que poderei voltar a dormir 8 horas descansadamente.
Em que não vou mais acordar com o coração descompassado. Em que não vou mais esperar por ti. Procurar por ti. Querer saber de ti.
Um dia destes acordo e já não me lembro de ti. Não saberei sequer quem és; e indago agora se algum dia soube.
É quando já não esperamos nada das pessoas que elas morrem no nosso coração... E eu lamento que tenhas provocado esta morte lenta em mim, que te leva um pouco todos os dias e que arranca, ainda assim, um pedacinho de mim.

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