domingo, janeiro 27, 2019

Sobre as Martas da vida...

Ao longo do tempo, sempre me surgiram Martas pelo caminho.
Hoje, olho para trás e percebo que cada uma delas desempenhou um papel importante na minha vida, porque sobretudo, estavam na hora exacta, no papel e no momento que eu precisava que estivessem.
Lembro-me como a Marta Cristina me ajudou a fazer um embarque pela primeira vez. As conversas que ficaram perpetuadas durante as duas longas horas de comboio que fazíamos quase diariamente. Ou as sete horas de barco. As loucuras de noites de verão, por aquele Douro que foi tão nosso. Ainda é. 
E a outra Marta Cristina da minha vida, a “mia Martixa” que diz que sou o triz dela?... Que esteve sempre lá. Que ajudei a casar. Que vi comprar casa, que vi vencer as lutas dela. Aquela que esteve sempre lá para me ouvir, me escrever, para mandar alguém para o caralho, para chorar juntas. Tantas vezes chorámos de rir também.
Mas hoje, escrevo sobretudo porque, a minha Martita, a Tita, amanhã começa outro caminho profissional. 
Foi há 5 anos e meio sensivelmente que, num dia dos meus “queridos meses de agosto” ela entrou na minha vida, naquele escritório, que ainda hoje é o meu. 
E amanhã, será um novo início de semana, com uma blue Monday mais cinzenta do que o habitual.
A Martita, foi a pessoa que se tornou parte da minha pessoa também. Foi a melhor colega de trabalho, foi, também, uma amiga. 
Criámos tanto juntas, lutámos e discordámos até, por vezes. 
Virámos o mundo do avesso dentro de quatro paredes, rimos e chorámos. Cantámos também. A “Dancing queen” vai ser sempre a tua música, pelo menos na minha memória.
Agora, resta-me aprender a viver sem ti no meu dia a dia, mas com a certeza que, tal como as outras Martas, viverás todos os dias no meu coração e nos meus pensamentos.

Não tenho palavras para descrever o tamanho da gratidão por ter tais Martas na minha vida, mas queria que soubessem que gosto muito de vós. E que sinto a vossa falta também.

A Lily do Valley,
A Triz,
A Wiwi. 


1 comentário:

Maga disse...

Oh caramba! (Que é a primeira coisa que me surge, ao invés de uma qualquer palavra mais bonita de profundo agradecimento)
Tendo a acreditar que é a primeira vez que me enunciam num texto. Do género: é mesmoooo para mim! E como que a adivinhar que o órgão precisa de lareira para ficar quentinho.
No teu primeiro embarque chovia e não foi fácil. Mas foi o meu primeiro embarque na tua vida e desde então, as nossas mãos navegam juntas.
Obrigada pelas palavras, pela doçura, pela amizade e pela profundidade de uma relação que mesmo não sendo sempre presente num sentido físico, é e será sempre, certamente, noutras tantas dimensões.
Lilly of my valley. ❤️