quarta-feira, janeiro 13, 2021

NJ

Tornou-se comum escrever sobre perdas... Mas confesso-te que não estava preparada para este assaltado à mão armada ao meu coração.
Todos sabíamos, mas no fundo, sempre negámos... Sempre acreditámos que a vida ia procrastinar a tua viagem, que te deixaria por perto de nós mais e mais tempo. O tempo da nossa vida.
É assim com todos aqueles que amamos. E tu sentias-te amado, não sentias? Não posso conceber que fosse de outro modo.
Mas amar, também é saber abrir mão. É não ser egoísta. É deixar ir... É aceitar quando não podemos querer.
E a vida quis levar-te cedo. 
Abriste-me as portas do teu coração da mesma forma que me abriste as portas de casa, com um sorriso - a tua forma normal de expressão.
"Mesmo de máscara, ia sempre reconhecer-te, esses olhos são inconfundíveis". A tua alma também o é, NJ.
E não consigo viver de outro modo senão pensando que um dia te encontrarei novamente. Até lá, sonho contigo, tenho saudades tuas e conto tantos momentos em que as memórias te transportam para mais perto de mim...
Sonho também com o dia em que vamos rir, brindar e olhar o Douro aí de cima, as Azenhas também.
Espera por mim, pois no fim desta viagem, vou ter contigo.

1 comentário:

Anabela Pereira disse...

Apenas um comentário ❤️🖤
Obrigada.