terça-feira, julho 15, 2014

Se arrependimento matasse...

Provavelmente já não escreveria este amontoado de palavras.
Diria muita boa gente: "Palavras, leva-as o vento"; "tristezas não pagam dívidas" e para terminar o rol de frases feitas: "Desculpas não se pedem..."; bom, esta nem preciso de gastar o meu tempo a terminar. Quem nunca pediu desculpa?
Hoje tirei do meu tempo (o meu tempo de sono), aquele que nem meu é - o tempo é-nos dado de forma gratuita enquanto o temos - para dizer: Desculpem-me.

Arrependo-me por todas as vezes que fui tão obtusa. 
Tão teimosa. Tão cabra egoísta.
Pelas vezes que não quis ouvir ninguém e pelas em que achei que só eu poderia ser dona da razão.
Por ser intolerante.
Por não valorizar o quanto devia.
Por não verbalizar. Por me retrair quando não devia.
Por me esconder.
Por ocultar.
Por adiar.
Por não correr atrás.
Por todas as vezes que menosprezei o Amor. 
Por todas as vezes em que não disse gostar.
Desculpem as lágrimas que não chorei. As que contive. As que derramei. 
Desculpem-me por não desculpar também. 
Desculpem-me se me atrasei...

Mas ainda assim, perdão.


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